(parte IV)Como Aumentar a sua auto-estima lido em 1997
Coisas lidas
As nossas acções estão sempre relacionadas com os nossos esforços para sobreviver, para proteger o eu, para manter o equilíbrio, para evitar o medo e a dor, para amadurecer ou crescer. Ainda que o caminho escolhido seja o errado, mesmo que nos entreguemos objectivamente à auto destruição, subjectivamente, em algum nível, procuramos salvar-nos, como no caso do suicida que tenta escapar a uma dor intolerável.
(...) Um dos piores erros que podemos cometer é dizer a nós mesmos que sentir-nos culpados representa necessariamente uma forma de virtude. A severidade intransigente para connosco não é nada do que nos devamos vangloriar. Torna-nos passivos e impotentes. Não inspira mudanças: paralisa. Sofrer é a mais fácil das actividades humanas e ser feliz a mais difícil. E a felicidade exige não que nos rendamos à culpa mas que nos emancipemos dela.
(...)
Qual a razão por que uma pessoa se identifica com a sua culpa? Bem, por um lado, a culpa encerra-nos na passividade, o que desperta a necessidade de gerar novas condutas: «Sou culpado, sou uma decepção, sempre o fui... a vida é assim» Isto pode traduzir-se como: «Não esperem nada de mim»
Por outro lado, a infelicidade é um sentimento familiar não desfrutável, mas familiar. Quem sabe com o que nos poderia confrontar a vida se não tivéssemos depressões e auto-censuras para nos isolar e proteger? Quem sabe que desafios nos veríamos obrigados a enfrentar? O infortúnio pode proporcionarmo-nos um certo tipo de conforto, enquanto a felicidade é, a seu modo, mais exigente, em termos de consciência, energia, disciplina, dedicação e integridade.
"Acontece com os livros o mesmo que com os homens, um pequeno grupo, desempenha um grande papel "
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