Quarta-feira, 31 de Janeiro de 2007
FILOSOFANDO POR AQUI....
No século passado, um turista americano foi ao Cairo visitar o famoso rabino polaco Hafez Ayim. O turista fixou surpreso ao ver que o rabino morava num quarto simples, cheio de livros, onde as únicas peças de mobiliário eram uma mesa e um banco.
- Rabi, onde estão seus moveis? - Perguntou o turista.
- E onde estão os seus? - Retorquiu Hafez.
- Os meus? Mas eu só estou aqui de passagem!
- Eu também disse o rabino.
Á memoria do Henrique V.
Segunda-feira, 29 de Janeiro de 2007
Coisas lidas...
«the wall» é uma obra sobre alienação, A incomunicabilidade a todos os níveis.
Escola família amor rock todos colocamos um tijolo na parede que nos rodeia
E nos separa dos outros. esta parede simboliza a reclusão de Waters, reclusão proteccionista e opressiva que é preciso destruir, afirma ele no fim.
« Animals » é um álbum violento e agressivo (…) «nós somos o que comemos, e comemos o que somos»
No mundo existem 3 níveis de animalidade:
Os cães (dogs), para os quais a vida se resume a sobreviver e a conseguir o máximo de segurança a qualquer preço, mesmo que eles próprios se tenham de transformar em robots; são calculistas, agressivos e metem-se a fundo na corrida pelo dinheiro e na procura do poder; a sua energia é investida no pragmático, o que é bastante fascinante; as sanções que a si próprios se atribuem são terríveis: insatisfação permanente e cancro!
Os porcos (pigs) abanam a cauda mas são perigosos; reprimem sistematicamente os outros e a si próprios, merecem apenas a piedade; são inteiramente negativos: charade you are!
Os carneiros (sheep) são enganados, iludidos e mistificados, mas acitam a sua situação com resignação; capazes de humor e espiritualidade, são no entanto eternamente passivos
Waters considera-se cão e carneiro, sublinha que os mais activos são os porcos, com uma mentalidade assustadora. as revoluções são feitas pelos carneiros, inspirados pelos pigs e contra os cães.
In colectivo de rock pink floyd
Quinta-feira, 25 de Janeiro de 2007
Coisas lidas...
(...)
- Só depois de aprender a ver o que é que você poderá decidir se as coisas são importantes ou não. Você já é adulto o bastante para saber que um homem de conhecimento vive por seus actos, nem por pensar depois de agir. Um homem de conhecimento escolhe o caminho do coração e segue-o. Depois olha o mundo á sua volta, fica contente e ri. Porque ele sabe que a sua vida terminará muito depressa. Sabe, porque vê, que nada é mais importante do que qualquer outra coisa. Um homem de conhecimento não é fiel a nada, apenas á maneira como decidiu viver a sua vida.
(...)
- Agindo, e não falando. Usando o poder da sua vontade. A vontade é uma coisa que o homem usa, por exemplo, para vencer uma batalha que ele, por todos os cálculos, devia perder. É o que o faz vencer quando você já estava derrotado.
- Eu chamo a isso coragem.
- Não. Os homens de coragem vivem rodeados de pessoas que os admiram, mas muito poucos homens de coragem têm vontade. Porque a vontade é algo que desafia o nosso bom senso. Um homem de vontade é um homem de poder.
- Posso dizer que sou um homem de vontade quando nego-me a fazer coisas?
- Negar é uma indulgência. Faz-nos acreditar que estamos apenas fixados em nós mesmos. A vontade é um poder; como todo o poder, precisa de ser controlado e afinado, e isso leva tempo.
música: forest fire(1984)Loyd cole
Segunda-feira, 22 de Janeiro de 2007
Coisas lidas...
Introdução:
Durante mto tempo esta obra foi citada por mtas pessoas que considero de intelectuais. Talvez por não ser uma intelectual , foi-me impossível ler o calhamaço. A vida é curta demais para insistir em ler um livro que não compreendo e não me prende. Do pouco que li recolhi estes pedaços que partilho hoje aqui e onde, por certo. não estará o génio de james joyce...
Anna Tree
[...] o mar
[...] uma grande doce mãe
[...]
O que rouba ao pobre empresta a Deus. Assim falava Zaratrusca.
[...]
Dizem que a Irlanda tem a honra de ser o único país que nunca perseguiu os judeus. Sabia isso? Não. E sabe porquê? [...] Porquê, senhor? - perguntou Stephen começando a sorrir.
- Porque nunca os deixou entrar.
[...] fuzileiros reais de Dublin. Dólmans vermelhos. Demasiadamente vistosos. Deve ser por isso que as mulheres andam sempre atrás deles. Uniforme. Mais fáceis de alistar e instruir.
[...]
Antevia o seu corpo pálido reclinado em cheio, ali, nu, num ventre de calor, oleado por aromático sabão a derreter-se, suavemente banhado. Via o tronco e os membros ondulantes e sustidos, boiando levemente, amarelo limão: o umbigo, botão de carne; e via os escuros, emaranhados caracóis do sua púbis a boiar, pêlo flutuante da corrente em torno do flácido pai de milhares, lânguida flor flutuante.
[...]
-Mas o pior de tudo é o homem que acaba com a vida
[...]
- Recusam-lhes um funeral cristão. Na sepultura costumavam cravar-lhes uma estaca no coração. Como se não tivesse rebentado!
[...]
Os cemitérios chineses com papoulas gigantes a crescer produzem o melhor ópio.
[...]
As células ou o que quer que seja continuam a viver. Mudando vivem eternamente, na pratica. Nada do que comer, comem-se a elas próprias.
[...]
Se leres a tua própria notícia necrológica, dizem que vives muito tempo. Dá-te um segundo fôlego. Uma nova concessão de vida.
[...]
E só o homem sepulta. Não, as formigas também.
[...]
Junho não tem erre não tem ostras
[...]
Dizem que não se pode saborear com os olhos fechados [...] Também dizem que fumar na escuridão não dá prazer nenhum.
música: The Blowers daugther
Quinta-feira, 18 de Janeiro de 2007
«Tlim-thong» sabe sempre bem ouvir esta campainha que tem pelo menos a minha idade.depois passar a porta e sentir o cheiro característico, inconfundível, inesquecível da nossa primeira casa. Como sempre há flores em toda a parte, e como sempre, não em demasia. A minha mãe continua a fazer os arranjos florais mais bonitos que alguma vez vi. Ultimamente dedicou-se ás flores secas (...) como se a sua alma já estivesse cansada de tanta frescura efêmera. Envelheceu, um bom bocado nestes últimos anos, mas por dentro continua a mesma mulher empreendedora, carinhosa, e profundamente enérgica.
(...) estes jantares de família deixam-me sempre um bocadinho em baixo (...) uma das coisas que mais me diverte quando estou com eles é a arte de desconversar. Com os anos tornou-se a forma de comunicação mais eficaz entre nós. É ao mesmo tempo um desafio e uma terapia. Passamos horas nisto e quando a desconversa acaba estamos todos muito bem dispostos e descontraídos.
(...) ás vezes a conversa ou desconversa azeda e lê é preciso admoestai-los com algumas palavras mais duras e geladas (...) não nos perdoam não sermos como eles (...) preferiam ver-me dependente deles cheia de problemas irresolúveis e pedir-lhes auxilio (...) mas prefiro ser dona da minha vida e senhora do meu nariz. A verdade é que a maior parte famílias á volta daquela mesa sobrevivem mal sozinhas. Arranjam sempre apoio, uma bengala, uma maquina á qual se ligam para garantirem a sua subsistência física, económica e talvez afectiva?
Apesar de ter escolhido o caminho mais penoso sinto-me bem comigo mesma. As bengalas são sempre um apoio e as melhores que temos são aquelas que exclusivamente elegemos para tal. As piores, são estas em que transformamos as pessoas que já amamos e que não sabemos como mandar embora. O vazio é como a idade, vai sempre aumentando e ficando mais pesado, mais difícil de ignorar. E é o habito primeiro inimigo do amor vivo, que nos faz cair na armadilha enganadora e traiçoeira de deixar passar o tempo, esquecer as discussões, atirar para trás das costas o que não conseguimos encarar de frente e admitir factos e palavras que ferem a nossa dignidade e nos fazem ser menos gente.
Entretanto já chegamos á sobremesa. Devo ter dito qualquer coisa simpática porque o ambiente desanuviou (...) a pouco e pouco vou-me descontraindo. No fundo prezo muito esta família unida e perfeita.
In sei lá Margarida Rebelo Pinto
Quarta-feira, 17 de Janeiro de 2007
Artista: Rosana Arbelo
Album: Magia
Canción: Aquel corazón
Yo soy quien te quiere, quien mas te ha querido
Quien dio 80 vueltas al mundo contigo...
Yo soy tu otra parte, tu medio latido
Tu cuarto creciente, tu nido de amor.
... Si tu no me quieres, alla tu contigo
Si no me has querido, peor para vos
Yo sigo queriendo donde nos quisimos
Donde dibujamos aquel corazón...
Dibujamos aquel corazón , un verano en el río
Dibujamos aquel corazón , con tu nombre y el mio
En invierno quisimos volver
Y aprendí que la tiza no escribe en el frío...
Dibujamos aquel corazón
Y el invierno ha dejado un borrón...
Es absurdo querer subrayar lo que borra el olvido
De momento..... No voy a gastarme la vida contigo...
Me quedo el reinado de tus sentimientos
Asi te lo digo... Asi te lo cuento....
El medio...el principio y el fin de tus cuentos.
Se escribe con tinta de mi corazón.
... Si tu no me quieres, alla tu contigo..
Si vas a olvidarme peor para vos...
Saber que quererse no obliga al suicidio
No impide que acabes muriendo de amor
Dibujamos aquel corazón , un verano en el río
Dibujamos aquel corazón , con tu nombre y el mio
En invierno quisimos volver
Y aprendí que la tiza no escribe en el frío..
Dibujamos aquel corazón
Y el invierno ha dejado un borrón...
Es adsurdo querer subrayar lo que borra el olvido
De momento... No voy a gastarme la vida contigo...
Segunda-feira, 15 de Janeiro de 2007
MUSICANDO POR AQUI....
In: Pré-histórias; 1972
A noite passada acordei com o teu beijo
descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo
vinhas numa barca que não vi passar
corri pela margem até à beira do mar
até que te vi num castelo de areia
cantavas "sou gaivota e fui sereia"
ri-me de ti "então porque não voas?"
e então tu olhaste
depois sorriste
abriste a janela e voaste
A noite passada fui passear no mar
a viola irmã cuidou de me arrastar
chegado ao mar alto abriu-se em dois o mundo
olhei para baixo dormias lá no fundo
faltou-me o pé senti que me afundava
por entre as algas teu cabelo boiava
a lua cheia escureceu nas águas
e então falámos
e então dissemos
aqui vivemos muitos anos
A noite passada um paredão ruiu
pela fresta aberta o meu peito fugiu
estavas do outro lado a tricotar janelas
vias-me em segredo ao debruçar-te nelas
cheguei-me a ti disse baixinho "olá"
toquei-te no ombro e a marca ficou lá
o sol inteiro caiu entre os montes
e então olhaste
depois sorriste
disseste "ainda bem que voltaste"
Sexta-feira, 12 de Janeiro de 2007
E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes
encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos
E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se envolam tantos anos.
David Mourão Ferreira
música: The Blower's Daugther Acoustic Damien Rice
Quarta-feira, 10 de Janeiro de 2007
EU QUERO A SORTE DE UM AMOR TRANQÜILO
COM SABOR DE FRUTA MORDIDA
NÓS, NA BATIDA, NO EMBALO DA REDE
MATANDO A SEDE NA SALIVA
SER TEU PÃO, SER TUA COMIDA
TODO AMOR QUE HOUVER NESSA VIDA
E ALGUM TROCADO PRA DAR GARANTIA
E SER ARTISTA NO NOSSO CONVÍVIO
PELO INFERNO E CÉU DE TODO DIA
PRA POESIA QUE A GENTE NÃO VIVE
TRANSFORMAR O TÉDIO EM MELODIA
SER TEU PÃO, SER TUA COMIDA
TODO AMOR QUE HOUVER NESSA VIDA
E ALGUM VENENO ANTI MONOTONIA
E SE EU ACHAR A SUA FONTE ESCONDIDA
TE ALCANÇO EM CHEIO O MEL E A FERIDA
E O CORPO INTEIRO COMO UM FURACÃO
BOCA, NUCA E A TUA MENTE, NÃO
SER TEU PÃO, SER TUA COMIDA
TODO AMOR QUE HOUVER NESSA VIDA
E ALGUM REMÉDIO QUE ME DÊ ALEGRIA
E ALGUM REMÉDIO QUE ME DÊ ALEGRIA
FREJAT / CAZUZA;
CAZUZA;