Aprende a estar só, e a dizer Adeus às coisas que se afastam Deixa-as ir, supérfluas... Recolhe-te À pobreza das coisas que te bastam.
Não te apegues à névoa dispensável Nem ao cómodo torpor do que é dado. Mas canta, como um rio que não sabe Se canta para si ou é escutado...
Estende À beira - nada o teu poema, Vai cantando. Sozinho o que é verdade, E deixa-te invadir pela bondade - A sabedoria intima suprema João Maria In Abriu-se a Noite
Coisas lidas (...) Ateus e agnósticos tem a tendência de o remeter exclusivamente para o campo do religioso, argumentando a partir daí com a laicidade do estado. Custará assim tanto admitir a existência de uma dimensão histórica nos crucifixos, que pode e deve ser valorizada? Como é evidente, se hoje em dia for construída uma escola em Queluz de Baixo, não faz qualquer sentido polvilhar as salas com Cristos pendurados. Mas em questões de lacicidade dispensam-se os retroactivos: retirar crucifixos de velhas escolas, onde não incomodam nem uma alminha há anos, é excesso de zelo e, politicamente um absurdo. O segundo ponto prende-se com a hipocrisia de um estado laico aceitar feriados religiosos. (...) Vital Moreira afirmou no Publico que os feriados religiosos «não são mais que a dispensa de obrigações publicas para que os crentes possam cumprir as suas obrigações religiosas» e que nesse sentido «não implicam nenhum compromisso religiosos do estado» Vital Moreira que me desculpe, mas eu não percebo: essa «dispensa» pode não ser um compromisso, mas é evidentemente um privilégio da Igreja católica. Porque não acabar com ele? Será que nos feriados religiosos os princípios laicos vão á missa?
MUSICANDO POR AQUI Como eu nunca lutei para deixar-te nada além do amanhã indispensável: um quintal de terra verde onde corra, quem sabe, um córrego pensativo; e nessa terra, um teto simples onde possas ocultar a terrível herança que te deixou teu pai apaixonado – a insensatez de um coração constantemente apaixonado. E porque te fiz com o meu sémen homem entre os homens, e te quisera para sempre escravo do dever de zelar por esse alqueire, não porque seja meu, mas porque foi plantado com os frutos da minha mais dolorosa poesia. Da mesma forma que eu, muitas noite, me debrucei sobre o teu berço e verti sobre teu pequenino corpo adormecido as minhas mais indefesas lágrimas de amor, e pedi a todas as divindades que cravassem na minha carne as farpas feitas para a tua. E porque vivemos tanto tempo juntos e tanto tempo separados, e o que o convívio criou nunca a ausência pôde destruir. Assim como eu creio em ti porque nasceste do amor e cresceste no âmago de mim como uma árvore dentro de outra, e te alimentaste de minhas vísceras, e ao te fazeres homem rompeste meu alburno e estiraste os braços para um futuro em que acreditei acima de tudo. E sendo que reconheço nos teus pés os pés do menino que eu fui um dia, em frente ao mar; e na aspereza de tuas plantas as grandes pedras que grimpei e os altos troncos que subi; em tuas palmas as queimaduras do Infinito que procurei como um louco tocar. Porque tua barba vem da minha barba, e o teu sexo do meu sexo, e há em ti a semente da morte criada por minha vida. E minha vida, mais que ser um templo, é uma caverna interminável, em cujo recesso esconde-se um tesouro que me foi legado por meu pai, mas cujo esconderijo eu nunca encontrei, e cuja descoberta ora te peço. Como as amplas estradas da mocidade se transformaram nestas estreitas veredas da madureza, e o Sol que se põe atrás de mim alonga a minha sombra como uma seta em direcção ao tenebroso Norte. E a Morte me espera em algum lugar oculta, e eu não quero ter medo de ir ao seu inesperado encontro. Por isso que eu chorei tantas lágrimas para que não precisasse chorar, sem saber que criava um mar de pranto em cujos vórtices te haverias também de perder. E amordacei minha boca para que não gritasses e ceguei meus olhos para que não visses; e quanto mais amordaçado, mais gritavas; e quanto mais cego, mais vias. Porque a poesia foi para mim uma mulher cruel em cujos braços me abandonei sem remissão, sem sequer pedir perdão a todas as mulheres que por ela abandonei. E assim como sei que toda a minha vida foi uma luta para que ninguém tivesse mais que lutar: Assim é o canto que te quero cantar, Pedro meu filho...
Uma árvore não fica de costas para ninguém. Dê a volta em torno dela , e a árvore estará sempre de frente para você ... OS VERDADEIROS AMIGOS TAMBÉM ... Dizem os chineses: árvore plantada com amor, nenhum vento derruba! UMA VERDADEIRA AMIZADE, TAMBÉM! Quem planta árvores, cria raízes. Quem cultiva bons amigos, também! As árvores, como os amigos, produzem beleza para os olhos e os ouvidos, na mudança sutil de suas cores. A árvore é sombra protetora, como os amigos; sombra que varia com o dia, que avança e faz variados rendados de luz semelhantes à estrelas ... As árvores são sinônimo de eternidade ... ... e uma verdadeira amizade também é para sempre !!
Que princípio é este? Os 10% da vida estão relacionados com o que se passa com você, os outros 90% da vida estão relacionados com a forma como você reage ao que se passa com você. O que isto quer dizer? Realmente, nós não temos controle sobre 10% do que nos sucede. Não podemos evitar que o carro enguice, que o avião atrase, que o semáforo fique no vermelho. Mas, você é quem determinará os outros 90%. Como? Com sua reacção. Exemplo: você está tomando o café da manhã com sua família. Sua filha, ao pegar a xícara, deixa o café cair na sua camisa branca de trabalho. Você não tem controle sobre isto. O que acontecerá em seguida será determinado por sua reacção. Então, você se irrita. Repreende severamente sua filha e ela começa a chorar. Você censura sua esposa por ter colocado a xícara muito na beirada da mesa. E tem prosseguimento uma batalha verbal. Contrariado e resmungando, você vai mudar de camisa. Quando volta, encontra sua filha chorando mais ainda e ela acaba perdendo o autocarro para a escola. Sua esposa vai para trabalho, também contrariada. Você tem de levar sua filha, de carro, para escola. Como está atrasado, conduz em alta velocidade e é multado. Depois de 15 min. de atraso, uma discussão com o guarda de trânsito e uma multa, vocês chegam à escola, onde sua filha entra, sem se despedir de você. Ao chegar atrasado ao escritório, você percebe que esqueceu de sua maleta. O seu dia começou mal e parece que ficará pior. Você fica ansioso para dia acabar e quando chega em casa, sua esposa e filha estão de cara fechada, em silêncio e frias com você. Por quê? Por causa de sua reacção ao acontecido no café da manhã. Pense: "Por quê seu dia foi péssimo?" A) por causa do café? B) por causa de sua filha? C) por causa de sua esposa? D) por causa da multa de trânsito? E) por sua causa? A resposta correcta é a E. Você não teve controle sobre o que aconteceu com o café, mas o modo como você reagiu naqueles 5 minutos foi o que deixou seu dia ruim. O café cai na sua camisa. Sua filha começa a chorar. Então, você diz a ela, gentilmente: "está bem, querida, você só precisa ter mais cuidado". Depois de pegar outra camisa e a pasta executiva, você volta, olha pela janela e vê sua filha pegando o autocarro. Dá um sorriso e ela retribui, dando adeus com a mão. Notou a diferença? Duas situações iguais, que terminam muito diferente. Por quê? Porque os outros 90% são determinados por sua reacção. Aqui temos um exemplo de como aplicar o Princípio 90/10. Se alguém diz algo negativo sobre você, não leve a sério, não deixe que os comentários negativos te afectem. Reaja apropriadamente e seu dia não ficará arruinado. Como reagir a alguém que te atrapalha no trânsito? Você fica transtornado? Golpeia o volante? Xinga? Sua pressão sobe? O que acontece se você perder o emprego? Por quê perder o sono e ficar tão chateado? Isto não funcionará. Use a energia da preocupação para procurar outro trabalho. Seu vôo está atrasado, vai atrapalhar a sua programação do dia. Por quê manifestar frustração com o funcionário do aeroporto? Ele não pode fazer nada. Use seu tempo para estudar, conhecer os outros passageiros. Stressar se só piora as coisas. Agora que você já conhece o Princípio 90/10, utilize-o. Recebido por e mail por Toninho
Éramos novos, não tínhamos medo. Sim, tudo nos foi permitido. O medo chegou mais tarde, chegou agora, não pára de chegar. Não, não foi quando nos perdemos porque, repito, nós queríamo-nos perder. Foi só quando deixamos de nos ver que tivemos medo. Porque eu queria, mesmo muito ao longe, que tu me seguisses com os olhos. Foi quando tu me mostrastes uma coisa e eu te mostrei outra coisa e nenhum de nós conseguiu ver o que quer que fosse e cada um começou a raspar os olhos ao outro foi então, bruscamente, que deixamos de rir. Deixamos de saber o que fazíamos. Deixamos de acreditar que estávamos aqui neste presente que há. Agora vamos ter de esperar que tudo se refaça, livrarmo-nos de nós. É que já não há outro caminho. Agora, prometo-te, vou fazer tudo para voltar ao principio. E peço-te perdão: eu quero que tu voltes a sentir com os olhos isto tudo. Quero que voltes a lembrar-te do que vês, disto tudo. Sim, mesmo do começo é sempre mais belo. Sabes agora o que és? Ainda não? Ainda bem que não julgas saber. Eu tenho os olhos feridos; tu nem olhos tens. Tens só o sítio onde eles se rasgam, um começo.
Coisas lidas Espanta-o a facilidade com que qualquer um dá a sua opinião sobre o que quer que seja, como se já estivesse ali pronta para sair e bastasse carregar num botão. (...) Convive cada vez menos e com menos pessoas. Os outros acham-no chato talvez porque não se entusiasma com as conversas. Antes ainda fazia um esforço, agora não. Ouve as palavras e fica a pensar no que querem dizer com o que dizem, o que raramente é o mesmo. Nessas situações aconteceu-lhe beber mais do que é aconselhável. Então fala pelos cotovelos e no outro dia não se lembra de nada do que disse. (...) As perguntas que lhe fazem não o interessam. Aquilo porque se pode perguntar, em geral não é muito interessante. Uma pergunta pede uma resposta e o que tem resposta não pode ser muito importante. O que fica por perguntar por não se saber sequer fazer a pergunta é o que vale a pena; acha ele, mas não o diz a ninguém. Não é sequer uma opinião.
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