E os homens que fazem a guerra não sabem o que é Natal sem lâmpadas Mesa sem flores Tardes sem mãos. Não entendem Isso não! A metafísica das arvores de natal Nem essa questão De andar de mãos dadas todo o ano
Para eles O símbolo da continuidade Está nos filhos Carne do seu próprio nome
Se entendessem, meu amor Não teria morrido O soldado que nunca vi E tem dois filhos pequenos
Se entendessem, meu amor Não haveria uma esposa Apenas com um par de mãos
Mas eles não entendem Não entendem isto De andar de mãos dadas Todo o ano, meu amor
Assumir a fadiga, sem complexos Edgar Jorge, 43 anos, director-geral da Mercauto (grupo Santogal) desde 2002, e coordenador da Mercedes e Smart em Lisboa, Sete Rios e Loures, também foi obrigado a descansar. Este economista fez ainda carreira na Mocar, C. Santos, Autolatina, RTM. Mas foi na C. Santos, da qual era sócio minoritário, que teve o seu teste de stress aos 32 anos. Foi preciso despedir 80 pessoas devido aos maus resultados, e lidar com sindicalistas e comissões de trabalhadores. Em 1999 parou por um mês, devido ao cansaço acumulado e para traçar um novo rumo para a carreira. Acabou por vender a sua participação, após conturbadas conversações com os sócios. Hoje está à frente da Mercauto que factura 100 milhões de euros e dá emprego a 250 pessoas. E recomenda: O mais importante é a felicidade, não a ambição desmedida. Isabel Rodrigues deixa o aviso final: É preciso não criar expectativas irrealistas e conhecer-me para não passar galgas a mim próprio.
A todos os meus leitores desejo um feliz natal e um próspero ano novo. Deixo um texto que me enviaram por e -mail e que fala de uma avó com alma perfumada. Dedico á alma perfumada que foi a minha Mummy
Almas perfumadas• (Para minha avó Edith)
Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver. Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas, pode ser Abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Pai Natal. Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um bouquet de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.• Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atracção que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando connosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro. Costumo dizer que algumas almas são perfumadas, porque acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia. Minha avó era alguém assim. Ela perfumou muitas vidas com sua luz e suas cores. A minha, foi uma delas. E o perfume era tão gostoso, tão branco, tão delicado, que ela mudou de frasco, mas ele continua vivo no coração de tudo o que ela amou. E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que, numa temporada, se vestiu de Edith, para me falar de amor.
OBRIGADA,MI(LENA) POR PARTILHARES CMGO ESTE LINDO TEXTO
A humildade de partilhar Quando durante a noite, em vez de dormir, a mente passa os filmes das preocupações, falta a energia e acontecem perturbações na sexualidade estamos perante um diagnóstico de elevado stress, confere Isabel Rodrigues. E quando se chega à zona de perigo um terapeuta, psicólogo ou coach pode ajudar a mudar o filtro, ou seja, a forma como cada um vê a realidade. Por vezes, é preciso mudar crenças, hábitos e formas de pensar para mudar tal filtro. É necessário ter a humildade de partilhar, em vez de acumular frustrações. Foi o que fez um executivo de topo de uma grande consultora, sediada em Lisboa, e que prefere manter o anonimato. Aliás, muitos executivos ainda têm medo de partilhar as suas duras vivências com receio de que isso belisque a sua imagem de super-homens. Neste caso, o consultor de 44 anos, recorreu ao coaching. Durante seis meses trabalhei num projecto complexo e pioneiro em Portugal, e dormia dois ou três dias por semana. Demorei dois anos a recuperar a estabilidade física e emocional. E, se calhar, nunca se recupera completamente, admite o consultor. Quando atingiu o ponto de ruptura socorreu-se de especialistas. Aprendi a conhecer-me a mim próprio, a entender por que reajo de determinada forma. Perceber por que as emoções acontecem faz com que não me salte a tampa, desabafa. O consultor adoptou várias regras: fazer exercício (algo com que nunca se preocupou até atingir 40 anos) e gerir melhor o tempo. E ficou fã da meditação. O ocidente vê isso como um tempo de não trabalho. O oriente vê isso como essencial. Clark Wang é especialista em medicina chinesa e atende vários executivos, incluindo um banqueiro, no 7 Day Spa, do Clube VII, em Lisboa. Chegam cá com dores no corpo, problemas sexuais e, no caso das mulheres têm dificuldades em engravidar. Estes problemas físicos são todos provocados por problemas emocionais, assegura. Wang é médico, mas também um excelente ouvinte. Há quem termine o tratamento a chorar e outros a dormir, tal é o cansaço, revela. É preciso assumir o cansaço antes de atingir o burn out. Fernanda Tomás, country manager da Ericsson, tem 43 anos. Ao longo da carreira parou um mês, por desgaste. Aconteceu há uma década, era coordenadora de recursos humanos e desenvolvimento do Barclays. Tinha acabado de chegar de uma empresa-modelo, a Bendix, que tinha mudado as instalações de Lisboa para Abrantes. Fiquei em Lisboa, no Barclays, e encontrei um mau ambiente e muita pressão. Só trabalhei lá dois anos, recorda. Durante um mês fiquei de baixa, com um esgotamento. Depois surgir o concurso para a Ericsson e saí. Entre os sectores mais desgastantes estão a banca e as telecomunicações. Fernanda aprendeu a lidar com isso. A sua atitude reflecte-se na cesta de fruta e no chá em cima da secretária, e na forma descontraída de encarar a segunda-feira. Além disso há seis anos trocou de casa para ficar mais perto do trabalho e alterou a gestão do tempo, assente no outlook. Só as viagens, de dois dias a cada quinzena, são incontornáveis. Tento sair no último voo de domingo para estar com as crianças o mais possível. Mesmo assim elas (com 8 e 4 anos) cobram. Hoje não são as tarefas que lhe causam tensão, são os relacionamentos dentro das organizações. E desgasta mesmo, desabafa.
Quando o coração se desliga A boa disposição de António Aleixo, 48 anos e director-geral da Copicanola, é contagiante. E nada faria crer que o seu coração já se apagou, por instantes. Este engenheiro electrotécnico fez carreira na informática, na CIL e na Projesi, e nas telecomunicações, tendo sido um dos vice- presidentes da Ericsson. Foi ainda director na Samsung, country managcr na Sagem, director na LG, e desde Janeiro é director-geral da Copicanola (recém-comprada pela Canon). Aqui gere 212 pessoas e 35 milhões de euros de facturação. O saltitar em sectores que estão em mutação constante sempre o fez correr no escritório, mas nunca no ginásio. Como muitos executivos, António somou falta de exercício a uma alimentação desequilibrada e três pacotes de cigarros por dia. Uma mistura explosiva para que o coração se desligasse em 1999. Tinha passado por um período de tensão resultado de problemas técnicos com impacte nos clientes da Ericsson. A guerra do mercado de telemóveis estava ao rubro, e eu tinha acabado também de sair do arranque da Optimus, sendo a Ericsson o principal player do mercado. Fazia muitas directas e trabalhava aos fins-de-semana. Resultado: Durante umas férias de Verão senti-me mal, com cima dor no braço. Quando já estava numa clínica, no Algarve, a fazer exames tive uma paragem cardíaca. Valeu-me a assistência imediata. Fui enviado para o hospital de Faro e fiquei duas semanas internado. Tinha duas veias coronárias entupidas e urna terceira estava quase na mesma situação. Desde então vive com um triplo by-pass. Com duas filhas de 8 e 12 anos, e urna carreira imparável, hoje António diz que o mais difícil é gerir as emoções. Enervo-me facilmente, mas perante os problemas tento respirar fundo, fazer exercício e os fins-de-semana são sagrados para descansar. Como afirma Isabel Rodrigues, ir de férias pode não chegar para acabar com o stress. A bagagem mais pesada vai, e é aquela que me está a apertar, a alma. Essa não precisa sequer de mala para ser transportada. E corno acrescenta Maria da Glória Ribeiro os gestores só fazem exercício como o golfe, e só têm cuidado com a alimentação após terem sofrido acidentes cardiovasculares e crises de hipertensão. Alfredo Cortegaça, 64 anos, é empresário. Começou a trabalhar aos 11 anos na Vespa e nunca mais parou. Este self-made mau frequentou Engenharia no Instituto Superior Técnico, mas desistiu no segundo ano. Tinha 33 anos e uma família a cargo. Desempenhou funções técnicas em companhias que davam assistência às máquinas de raios X, em hospitais. Aos 38 lançou-se nos negócios e hoje é dono das lojas de electrodomésticos ACF, na Margem Sul e em Alfragide. Ao mesmo tempo ainda ergueu a construtora Nunes e Cortegaça. Há cerca de dois anos decidiu aprender mais e entrou num curso de Gestão da Universidade Católica. Foi um período de grande correria. Pouco tempo depois de terminar o curso desmaiei durante um almoço, e assim fiquei durante 11 dias. Fui internado no hospital e os médicos diziam que nada haveria a fazer. Nunca apuraram nada. A única explicação era stress. Alfredo nunca teve sintomas que o alarmassem, mas o stress poderia ter sido o seu life killer. Hoje está activo e de boa saúde. Luís Freitas da Silva, presidente da comissão executiva da Spie, já sofreu as mazelas desta doença. Tratou uma úlcera e admite que o stress a terá provocado. Diz ter calma cerebral, mas o estômago não fica imune à agitação diária. Isso traduz-se ainda em taquicardia e suores frios. Sobretudo nos últimos tempos, com o LBO da Spie, onde desde há ano e meio é presidente da comissão executiva. O LBO e as negociações para aquisição da ACI, ex-grupo Gest nave (processo entretanto concluído) é estratégica pois permite-nos crescer 30% a 40% na área da manutenção, e têm sido a obsessão dos últimos meses, revela. Antes, este engenheiro de 50 anos passou pela Lusotecna, mais tarde chamada Technip, e pela Abengoa, onde foi administrador, e foi sócio da Ambigás. Hoje gere 450 pessoas e 40 milhões de euros de facturação. O seu core business são as instalações técnicas, e são seus clientes a Petrogal, Mota-Engil, Somague, Edifer, SIL, Refer, ANA e Tap.
Life saver, life killer A palavra stress é empregue na língua inglesa desde o século XVIII e significa aperto, revela Isabel Rodrigues. Porém, nunca como agora foi tão sentida e por gente, de todas as profissões e idades. O stress faz parte da vida, mas a forma como os executivos olham para os problemas causa maior ou menor equilíbrio, explica a especialista. José António de Sousa, administrador-delegado e CEO da Liberty Seguros, em Portugal, encara esta praga de forma positiva: A agitação, a aproximação de um deadline importante, um desafio eminente, um perigo, têm o condão de me pôr em alerta máximo e a dar o máximo. Dosear é a palavra certa. Isabel Rodrigues avisa que perante o elevado stress só a atitude pode fazer um executivo mudar. E a coragem de mudar a sua zona de conforto tem essa capacidade. Eu costumo dizer que o stress pode ser um life saver ou um life killer. Nunca podemos desrespeitar o nosso ritmo biológico. O corpo aguenta quase tudo, difícil é convencer a mente. Um dos testemunhos que incluiu na tese e que revelava um dos casos mais críticos, dizia: Não vale a pena viver, não aguento mais. Neste caso tratava-se de um executivo de alta direcção, na altura a trabalhar em Portugal e com carreira internacional. Palavras destas são desesperantes e assustadoras. Traduzem passar o risco. É como passar o semáforo amarelo na nossa zona de conforto. E entrar no survival mode é estar à beira do burn out, alerta esta especialista. A sensação de frustração, a auto negação, a falta de optimismo e a agressividade e o chorar constantemente já querem dizer que se está a passar do sinal amarelo para o vermelho. Maria da Glória Ribeiro, líder da Amrop em Portugal, empresa de headhunting, reconhece sinais de tensão nos executivos de topo com quem lida: O ritmo de vida, a agressividade e a concorrência, bem como a incapacidade para aceitar erros, mesmo que temporários, provoca stress. Irritabilidade, impaciência, falta de concentração são outras consequências visíveis e que, muitas vezes, afectam a equipa com que o líder se relaciona. É preciso dosear a adrenalina para que não nos destrave a língua e nos leve a dizer ou fazer coisas das quais depois nos arrependemos, recomenda do CEO da Liberty.
Sinais de alarme Sete anos mais tarde, com 41 de idade, nas férias de Agosto, nova ameaça cardíaca. Eram quatro da manhã e comecei com suores frios, dor no peito e não consegui mexer-me. Fui para o hospital do SAMS e foi-me diagnosticada nevralgia provocada por mudança de ritmo. Afinal, acabara de sair de um trabalho efervescente, com uma carga pesadíssima na Jazztel, lembra. A riqueza deste testemunho não se fica por aqui. No ISG, Eiras Antunes voltou a pisar a zona de risco. Senti-me o equivalente a um gestor hospitalar. Era preciso lidar com o mundo empresarial e afrontar os professores, que se consideravam prima-donas. As dores no peito voltaram e regressou ao hospital. Chegou a pensar que desta vez seria um enfarte, a sério. Ao meu lado tinha um gestor de topo em igual estado, recorda. No meu caso, o stress deu sintomatologias parecidas com o ataque cardíaco: dores no peito e no braço. Das três vezes tudo não passou de nevralgia, ou seja, tensão que faz pressão sobre os músculos, e as ramificações nervosas, provocando dor. Outros sintomas foram a má disposição, a irritabilidade, a falta de paciência para lidar com as duas filhas, e enxaquecas, sobretudo ao fim-de-semana. Hoje tem 46 anos e desde há ano e meio que é director da Sogrupo GI. E faz parte da direcção da Associação Portuguesa de Marketing. Mudei de vida. Hoje tenho menos mediatização e estou mais resguardado, apesar da manter a intensidade de trabalho. Sou também menos ambicioso, mas tenho mais qualidade de vida.
Corpo em chamas O corpo interpreta o stress como uma situação de perigo e liga o alarme, ou seja, tem uma reacção de fuga ou luta. A consequência é a libertação de adrenalina, o ritmo acelerado da pulsação e a respiração rápida. Os músculos ficam tensos devido ao excesso de sangue bombeado, e todo o aparelho digestivo passa a funcionar pior devido a um fornecimento menor de sangue. Os sentidos ficam alerta, o fígado liberta colesterol para ter mais energia, a boca fica seca e a produção de saliva abranda. Para lidar com o perigo o corpo transforma-se, fica em alerta geral. O problema é quando o alarme fica ligado demasiado tempo. É a capacidade de retorno ao equilíbrio que faz distinguir entre stress saudável e não saudável. Este último, quando se mantém vários meses pode vir a causar um esgotamento físico, chamado cientificamente burn out. Para além dos sintomas físicos já descritos, o indivíduo fica confuso, com dificuldade em tomar decisões e torna-se menos optimista. Provavelmente, o leitor já sentiu isso ao longo da sua carreira. Isabel Rodrigues, principal da Heidrick & Struggles, médica e com doutoramento em Psicologia estudou cerca de 250 executivos internacionais na tentativa de entender por que razão tantos iam parar aos hospitais com dores de estômago, incluindo sintomatologia de úlceras, doenças gastrointestinais, dores no peito e, depois de todos os exames médicos, concluía-se que nada tinham. Isabel provou na sua tese que tudo isso não passava de stress.
Qual o limite para conviver com o stress? Esta reportagem mostra até que ponto os líderes podem ser afectados e como podem defender-se desta praga. E pretende ser um alerta para afastar a classe executiva de uma zona de risco ameaçadora. José Eiras Antunes, director da Sogrupo GI, empresa de gestão de imóveis da Caixa Geral de Depósitos, sabe bem do que falamos. Por três vezes recebeu internamento hospitalar e ficou sob vigilância em cardiologia. Tudo indicava estar perante um ataque cardíaco. Eu considero-me difícil mente abatível, pois sempre tive grande intensidade de trabalho. E quando há um esforço de projecto, eu lido bem com isso, porém quando se junta a gestão de interesses, a pressão psicológica e os conflitos internos é mais difícil. É nesta altura que é vital a gestão emocional, considera Eiras Antunes. Este executivo foi durante sete anos director no grupo BCP, dois anos director de marketing da Jazztel, um ano administrador-delegado do Instituto Superior de Gestão (ISG), dois anos e meio presidente da Affinis, e um ano consultor e chefe do projecto Powerline, na EDP, até chegar à função que tem hoje na Sogrupo GI. Tudo cargos exigentes e também muito desgastantes. Aos 34 anos o seu corpo deu o primeiro grito. Estava na Ocidental Seguros (BCP) a lançar os produtos de reforma. Era o momento da afirmação dos seguros dentro do BCP, e durante um mês trabalhei sem conseguir respirar, com pontadas no peito. Fui internado no Instituto do Coração e durante três ou quatro dias andei ligado a uns fios para ver o que dava, recorda. Afinal nada ficou registado. Era apenas stress.
E para descomprimir : Um dia o Belmiro de Azevedo contratou um trabalhador e colocou-o a abrir rasgos na terra.
Deu-lhe um horário de trabalho das 8:00 as 17:00 horas. Certo dia Belmiro de Azevedo observando o trabalho do seu colaborador, achou que podia ser melhor aproveitado.
Sugeriu-lhe então o seguinte: - Ó amigo, já que você tem 2 mãos, com uma mão você cava e com a outra vai regando. Olhe e já agora começa a vir das 7:00 ás 18:00 horas.
No outro dia, Belmiro de Azevedo olhou outra vez para o seu colaborador e achou-o ainda pouco produtivo. Então sugeriu-lhe: - Já que você além das mãos tem também uma boca, podia enchê-la de sementes e enquanto com uma mão cava e com a outra rega podia cuspir as sementes. Já agora começa a trabalhar ás 6.00 e termina ás 19:00 horas.
Noutro dia Belmiro de Azevedo começou a pensar que o seu colaborador deveria trabalhar enquanto houvesse luz de dia. Portanto sugeriu-lhe que o seu trabalho passasse a ser das 5:00 até ás 22:00 horas. E assim foi.
Um dia quando o pobre trabalhador voltava a casa do trabalho, deparou com a sua mulher com outro homem na cama.
O homem, chorou, chorou, chorou vezes sem conta até que a mulher e o amante desesperados com aquela situação, tentaram consola-lo, perguntando-lhe porque chorava ele assim tanto. Ao que ele respondeu: - Se o Belmiro de Azevedo descobre agora que tenho 2 cornos, coloca-me lá umas lanternas e põe-me a trabalhar a noite.
Um retrato Robot dos que sofrem de enxaqueca Seria um ser hiperemotivo, ansioso, senhor de extremo auto domínio, um nervoso constrangido, um perfeccionista, um ser rígido sem qualquer válvula para dar livre curso ás suas emoções. Aliás, existem psicoterapias específicas para os que padecem de enxaqueca, com vista a abrandar esta rigidez mental. Quanto aos tratamentos das cefaleias, em geral, podem passar pela Biorretroação, que permite vigiar melhor a vasoconstrição (nomeadamente os músculos frontais e da nuca). Estes tratamentos, evidentemente, fazem-se paralelamente com a farmacopeia habitual: analgésicos derivados da cravagem de centeio, ergotamina, etc.
Sofrimentos morais e gritos do corpo. Somos prisioneiros do nosso passado, na nossa maneira de reagir ao mundo. No plano da saúde, o bom funcionamento ou o desregramento dum organismo estão estreitamente ligados á maneira como o indivíduo se comporta perante a vida, conforme ele a enfrenta ou se submete a ela. Deste modo, num determinado indivíduo, uma situação psicológica difícil será facilmente ultrapassada, enquanto, num outro, pelo contrário a mesma contrariedade suscita uma tensão ou irá despertar ou reactivar velhos conflitos, interdições ou frustrações antigas. E, se ele não conseguir expulsar, exteriormente ou verbalizar esses sofrimentos interiores, o seu corpo gritará ou dará berros por ele, o que poderá traduzir-se imediatamente por uma crise de asma, por dores gástricas ou cardíacas ou por uma imuno deficiência. O equilíbrio psíquico e a capacidade de se distanciar das tensões são, portanto, elementos determinantes no desencadear da doença. Se um deles falhar, os vírus ou bactérias atacarão com toda a força...
After years of expensive education (Depois de anos de educação cara) A car full of books and anticipation (Um carro cheio de livros e expectativa) I'm an expert on Shakespeare and that's a hell of a lot (Eu sou um expert em Sheakspere e isso é muita coisa) But the world don't need scholars as much as I thought (Mas o mundo não precisa tanto de eruditos como eu pensava ) Maybe I'll go travelling for a year (Talvez eu vá viajar por um ano) Finding myself, or start a career (Me encontrar Ou começar uma carreira) Could work the poor, though I'm hungry for fame (Eu poderia trabalhar para o pobre, apesar de ter fome de fama) We all seem so different but we're just the same (Nós parecemos tão diferentes, mas somos os mesmos) Maybe I'll go to the gym, so I don't get fat (Talvez eu vá para o ginasio para não ficar gordo) Aren't things more easy, with a tight six pack (As coisas não são mais fáceis com um corpo bonito? ) Who knows the answers, who do you trust (Quem sabe as respostas? em quem você confia? ) I can't even separate love from lust (Eu nem sei separar amor de luxúria ) Maybe I'll move back home and pay off my loans (Talvez eu me mude de volta para casa E pague minhas dívidas ) Working nine to five, answering phones (Trabalhando de nove as cinco atendendo telefones ) But don't make me live for Friday nights (Mas não me façam viver para minhas sextas feiras à noite ) Drinking eight pints and getting in fights (Bebendo oito cervejas e entrando em brigas ) Maybe I'll just fall in love (Talvez eu simplesmente me apaixone, ) That could solve it all (isso deve resolver tudo) Philosophers say that that's enough (Filósofos dizem que é o bastante, ) There surely must be more (certamente deve haver mais ) Love ain't the answer, nor is work (Amor não é a resposta, trabalho também não é ) The truth elludes me so much it hurts (A verdade é tão incompreensível que dói ) But I'm still having fun and I guess that's the key (Mas eu continuo me divertindo e acho que essa é a chave ) I'm a twentysomething and I'll keep being me (Eu tenho vinte e poucos e continuarei sendo eu mesmo )
Fez-me lembrar uma frase do Jung: "Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer a minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der" Oprincipal