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Arvore De Letras

Coisas lidas,ouvidas,cantadas, declamadas,faladas,escritas

Arvore De Letras

Coisas lidas,ouvidas,cantadas, declamadas,faladas,escritas

13
Jun13

Henrique Murillo O que se passa connosco?

AnnaTree

COISAS LIDAS

(...)

- Também pode ser – disse ao indivíduo que o olhava do espelho – que isto a que chamo meu destino seja outro sonho. Talvez não seja assim e toda esta historia que venho contando a mim próprio desde aquele dia não seja verdade e haja outras coisas que também interessem, que nos dirigem para onde estamos, andando sem saber para onde nos encaminham os nossos passos, o que não podemos enumerar nem recordar porque nem quando ocorreram nem depois soubemos que era aí, nesse momento sem consciência nem memoria que tudo se decidia, nas nossas costas e apesar de nos.

 

(...)

 Aquela mulher possuía uma estranha combinação de força e fragilidade, era um corpo ao qual sobrava alma

(...)

Como vês, tento não dizer sempre. Os homens não gostam da palavra sempre, faz-lhes medo.

(.)

É verdade que nós, que nos apaixonamos, somos uns idiotas. Mas vocês, que se apaixonam e não querem admiti-lo, ainda são piores.

11
Jun13

Shirley Bassey - Yesterday When I Was Young (With Charles Aznavour)

AnnaTree

Yesterday when I was young
The taste of life was sweet as rain upon my tongue, 
I teased at life as if it were a foolish game 
The way the evening breeze may tease a candle flame. 
The thousand dreams I dreamed, the splendid things I planned 
I always built, alas, on weak and shifting sand, 
I lived by night and shunned the naked light of day 
And only now I see how the years ran away. 
Yesterday when I was young 
So many drinking songs were waiting to be sung, 
So many wayward pleasures lay in store for me 
And so much pain my dazzled eyes refused to see. 
I ran so fast that time and youth at last ran out
I never stopped to think what life was all about, 
And every conversation I can now recall 
Concerned itself with me, me, and nothing else at all. 
Yesterday the moon was blue 
And every crazy day brought something new to do, 
I used my magic age as if it were a wand 
And never saw the waste and emptiness beyond. 
The game of love I played with arrogance and pride
And every flame I lit too quickly, quickly died. 
The friends I made all seemed, somehow, to drift away 
And only I am left on stage to end the play.
There are so many songs in me that won't be sung, 
I feel the bitter taste of tears upon my tongue. 
The time has come for me to pay for yesterday
When I was young... young... young


More lyrics: http://www.lyricsmode.com/lyrics/c/charles_aznavour/
06
Jun13

Henrique Murillo O que se passa connosco?

AnnaTree

COISAS LIDAS

  (...)

Apanhou a mão direita em flagrante delito. Enquanto reconstruía mentalmente a imagem da gordinha, ela, a mão, descera com intenções evidentes, rondando os bairros deprimidos. Como, aos cinquenta, os bairros deprimidos se deprimem ainda mais, permitiu a exploração sem lhe opor qualquer chamada á ordem. Mas a cabeça também lhe decidira actuar por livre iniciativa. Que faço eu aqui e ela ali, a minha mão direita? É minha essa mão? E. Se é, porque faz das suas? Quem a manda entrar em intimidades com esse pássaro?

(...)

Aquilo do destino era uma maçada, mais perguntas. Calha-te o que te calha ou és tu que o procuras? É questão de sorte ou de esforço?

(...)

Está quieta, disse á mão, que ao menos uma vez obedeceu. Temia os desassossegos prolongados das horas vazias, das noites de insónia, a indisciplina  flagrante da mão, que voltava a fazer das suas  mesmo depois de lhe ter permitido apagar a vela uma e duas e três vezes. Agradava-lhe sentir-se engraçado. Mas não tinha graça nenhuma que a chama voltasse a acender-se sem lhe pedir autorização. Que tivesse de apagar a mangueira, belo paradoxo! Ah! Odiava tanta independência. De tantas partes do corpo. Tanta independência dos pensamentos. Meus? Ah, mil vezes ah! Quem manda aqui? Por acaso não sou eu? Era apenas complicar o processo. Porque de cada vez que se descuidava, surgia outra pergunta mais desagradável, incluindo: quem sou?

Pág. 2/2

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