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Coisas lidas
Palavras de ataque, críticas ou ameaças feitas a uma criança vão gerar uma reação de defesa e resistência ou uma atitude desafiadora para sustentar e justificar suas ações. Assim perde-se uma ótima oportunidade de confrontar tranquilamente os pontos de vista e tornar a situação de fato, educativa. É muito importante que o adulto se pergunte antes de falar: “minhas palavras vão provocar confronto ou cooperação?”.
Se o adulto agride a criança utilizando-se de gritos, xingamentos e ameaças, ela acaba entendendo que esta é uma forma legítima de resolver as coisas e poderá passar a usá-la também. Além disso, críticas e humilhações não contribuem para mudar ou melhorar o comportamento de ninguém, ao contrário serve para reforçar comportamentos negativos e fazer a criança sentir-se inferior, desvalorizada e com a auto-imagem negativa. Em muitos casos a crítica convence a criança de que não pode mudar. Quando, por exemplo, dizemos a ela o tempo todo “você é mesmo uma preguiçosa” ou “não adianta mesmo falar com você, não é?”, a criança pode passar a se sentir realmente incapaz de alcançar qualquer mudança e progresso frente à opinião daqueles adultos que tanto admira.
No entanto, nada disso significa que devemos deixar de assumir nosso papel de autoridade frente à criança, que inclusive necessita e espera isso de nós. Porém, é possível exercer a autoridade sem ser autoritário. Para isso, o adulto muitas vezes precisa se colocar no lugar da criança e perguntar-se como se sentiria se estivesse ouvindo palavras de humilhação contra ele, vindas de alguém que admirasse muito.
Como ressalta Telma Vinha, em seu livro O educador e a moralidade infantil, é imprescindível lembrar que não é possível para uma criança tornar-se autoconfiante se só vivencia situações de fracasso, que não se aprende a respeitar sendo humilhado, que não se aprende a valorizar o outro e nem a si própria sendo constantemente desvalorizada e que, principalmente não se aprende a dialogar e lutar pelo que deseja sendo sempre censurada.
Este é um tema que merece reflexão de todos nós, pais educadores!
Helena Sellani
http://www.escolavillare.com.br/humilhacao-e-educacao-fundamental-i/