MAR ME QUER MIA COUTO II
Coisas Lidas
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Alem disso, pensar traz muita pedra para o caminho. Por isso eu, um reformado do mar o que me resta fazer? Dispensado de pescar, me dispenso de pensar. Aprendi nos muitos anos de pescaria: o tempo anda por ondas. A gente tem é que ficar levezinho e sempre apanha boleia numa dessas onde ações.
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Só depois de me retirar das pescarias é que dei por mim a encostar desejos na vizinha. Comecei por cartas, mensagens á distancia. A custa das minhas insistências namoradeiras, Luarmina já aprendera mil defesas. Ela sempre me desfazia os favores, negando-se
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Minhas visitas são para lhe caçar um d descuido na existência, beliscar-lhe uma ternura. Só sonho sempre o mesmo: me embrulhar com ela, arrastado por essa grande onda que nos faz inexistir. Ela resiste, mas eu volto sempre ao lugar dela.