A vida depois da vida, a sobrevivência da alma de Colin Wilson
Coisas lidas
Margot Grey, a fundadora da Associação Internacional dos estudos de quase morte, na Grã-Bretanha, faz uma clara a ligação entre as experiências de quase morte e a intuição mística numa passagem com o que contribuiu para The Relevance of Bliss. Ela descreve como o seu próprio interesse em experiências de quase morte começou com um vislumbre pessoal em 1976.Na Índia, sucumbiu a uma febre que durou três semanas, esteve a um passo da morte. “A uma dada altura, durante o processo de recuperar e perder a consciência, tive a noção de que, se de alguma forma me impelisse, conseguiria elevar-me para fora do meu corpo e permanecer num estado de levitação contra o teto, num canto do quarto. Na altura, isto parecia inteiramente natural e era muito agradável extremamente libertador. Lembro-me de olhar para o meu corpo deitado na cama e de não sentir perturbação pelo facto de provavelmente morrer num país estranho… Mas de pensar. Que não tinha qualquer importância onde deixava eu o meu corpo, que me servira bem, e que, tal como um casaco favorito já gasto, tinha por fim vivido para além da sua vida útil, e seria agora deitado fora. “
Ela descreve a sensação de flutuar numa escuridão total e uma sensação de “ser um só“ com o espaço infinito:
“mais tarde, parecia estar a percorrer um túnel sem fim; conseguia ver uma luz minúscula no extremo do túnel, para o qual me parecia estar a mover… Lembro me de ter a certeza de que terminaria eventualmente de percorrer o túnel e emergiria na luz, que era como a luz de uma estrela muito brilhante, mas muita mais resplandecente. Um sentido de exaltação era acompanhado de uma sensação de estar muito próxima da “fonte” de vida e do amor, que parecia ser una.