Libertar a sexualidade (carta enviada ao jornal por Palucha Hipolito Perdigão)
Coisas lidas
Apesar de estarmos no século XXI e de se falar "ao pontapé” de sexo, a maioria das portuguesas, sobretudo acima dos 50 anos e especialmente no interior do país nem sabe o significado da palavra orgasmo, nem como este lhes pode ser útil . Muitas perderam os poucos espasmos após o parto e conformaram-se. Masturbação e fantasias sexuais, muito menos. Para elas, o ato não passa de uma obrigação perante o marido. O problema vai muito lá atrás, quando um orgasmo feminino nem “existia” nem era sequer permitido. A nossa mente não muda como se troca a decoração da sala. Pode levar a séculos a mudar. Amadurece-la é muito mais difícil do que parece. Por mais modernos que nos consideremos, somos muito castrados sexualmente e não só…
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Uma boa sexualidade é um aprendizado de anos, sintoma de saúde, união com o parceiro e sobretudo da nossa cabeça com o nosso corpo, do intelecto com o nosso instinto, de fazer amor e ter filhos. Filhos. Sim, a gravidez, o parto, o amamentar, desenvolvem a libido também. Tudo está interligado somos fruto do amor e não do pecado, nem de fazer sexo por fazer .